| Nota Histórico-Artistica: |
A construção da primeira catedral, românica e da qual apenas restam vestígios arqueológicos, foi iniciada aquando da transferência da diocese da Egitânia para a nova cidade da Guarda, em 1199, por pedido de D. Sancho I ao Papa Inocêncio III. Seguiu-se uma segunda, concluída em meados do século XIV e destruída aquando da reforma fernandina das muralhas. O início da construção do atual templo, um dos mais interessantes monumentos tardo-góticos nacionais, remonta aos finais do século XIV, sendo que apenas estará terminado no reinado de D. João III (século XVI), denotando dois grandes momentos artísticos (estilo gótico e manuelino). Destacam-se, exteriormente, a feição fortificada de todo o conjunto, a composição tripartida da fachada principal, com duas torres octogonais e de perfil em quilha na parte inferior, os pináculos e as gárgulas. No interior, de planta em cruz latina e largo transepto, salientam-se a abside e as capelas absidais, a Capela dos Pinas, o retábulo-mor em pedra de Ançã, executado por João de Ruão na década de 50 do século XVI, o retábulo da Capela de Nossa Senhora da Anunciada (Capela dos Ferros), do mesmo material, possivelmente executado por Diogo Jacques, também artista da escola da Renascença Coimbrã, e o cadeiral barroco da capela-mor. |
