Remo a Remo
Assinalando o Dia Mundial dos Oceanos, o Museu Dr. Joaquim Manso apresenta o webdoc "Remo a Remo", que explora a simbologia dos nomes atribuídos pelos pescadores da Nazaré às suas embarcações.
"Um bote pode ter o nome de um santo, de uma mulher ou de uma esperança.
Ou de um pássaro.
Ou de um mar.
Podem pintar-lhe um nome entendido logo por todos ou um nome que queira dizer muito mais do que as letras desenhadas e depois cheias.
Mas as palavras nem sempre dizem o mesmo para toda a gente; é bom que assim seja. Há nelas uma margem para o sonho".
Alves Redol, Uma fenda na muralha, 1959.
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O que significa para um pescador ser proprietário de um barco? O que envolve como projeto de vida e de trabalho, laços de afetividade traduzidos no nome que com que baptiza a sua embarcação?
Este é um projeto desenvolvido por Rui Anastácio, aluno estagiário do curso de Programação e Produção Cultural da ESAD.CR no Museu Dr. Joaquim Manso, partindo da coleção do Museu e de um levantamento sobre os barcos do candil e os botes registados na Capitania do porto da Nazaré nos anos 1930-1950.
Agradecimentos especiais a Emílio Vasco, Cecília Nunes, Júlio Limpinho, Henrique Manuel d'Aveiro Piló, Manuel Varina Anastácio e Maria Otília Belo Mota Milhazes.
O vídeo, realizado por Rui Anastácio, com orientação de Dóris Santos (coord. Museu Dr. Joaquim Manso), pode ser consultado na página de Facebook do Museu.
“As divisas tanto serviam para identificação, ao longe, dos barcos que demandavam terra, quanto para concitar principalmente a proteção de Deus e dos Santos.”
Octávio Lixa Filgueiras, A propósito da protecção mágica dos barcos, 1978, p. 39.
Data: 08/06/2021
Local: Museu Dr. Joaquim Manso | Nazaré
Publicação: 15-06-2021
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