O Mosteiro

Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

 

 

Classificado desde 16 de junho de 1910, como Monumento Nacional, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha situa-se na margem esquerda do rio Mondego, em Coimbra.

A proximidade do rio foi um dos fatores para a edificação neste local. Contudo, essa proximidade marcou a história do Mosteiro desde o seu início até aos dias de hoje. Se por um lado, a presença da água era uma mais-valia para a comunidade monástica e para o dia a dia no Paço Real, construído nas imediações do Mosteiro, por outro, as cheias cíclicas do Mondego, tornaram insuportável a vida intramuros obrigando ao abandono definitivo, em 1677, para o novo convento (Mosteiro de Santa Clara-a-Nova) no Monte da Esperança.

As últimas cheias ocorreram em janeiro e fevereiro de 2016.

Durante a realização do projeto de recuperação e de valorização do monumento, a partir dos anos 90 do século XX, foram detetadas estruturas arquitetónicas góticas em bom estado de conservação que requereram uma campanha arqueológica vindo desvendar um vasto, variado e riquíssimo espólio.

Este espólio, em exposição no Centro Interpretativo do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (aberto ao público em 18 de Abril de 2009), retrata o quotidiano da comunidade monástica que aqui viveu.

Fundado pela primeira vez, no final do século XIII (13 de Abril de 1283), por Dona Mor Dias, dama da nobreza, o Mosteiro foi refundado no século XIV (10 de Abril de 1314), por Isabel de Aragão que, após enviuvar do rei D. Dinis, manifestou o desejo de ali ser sepultada.  

As ruínas de Santa Clara-a-Velha de Coimbra compreendem, para além da magnífica igreja com características muito peculiares, um claustro com dimensões monumentais, que o tornam no maior claustro gótico conhecido em Portugal.

Junto à cerca, a Rainha Isabel de Aragão mandou construir um Paço onde viveu. Foi também aqui que D. Inês de Castro foi assassinada a mando de D. Afonso IV.